O projeto Coorte de Universidades Mineiras (CUME) nasceu da experiência dos professores Josefina Bressan, Helen Hermana Miranda Hermsdorff e Adriano Marçal Pimenta como pesquisadores do estudo Seguimiento Universidad de Navarra (SUN), conduzido na Espanha. Este estudo tem como objetivo investigar a influência da dieta mediterrânea em desfechos de saúde.
Motivados pela escassez de estudos longitudinais no Brasil que avaliassem o impacto dos padrões alimentares brasileiros na ocorrência de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), os professores idealizaram o projeto CUME, contribuindo para preencher lacunas no conhecimento científico sobre nutrição e saúde.
Instituído em 2016, o Estudo CUME é um estudo longitudinal do tipo coorte aberta, inicialmente focado em egressos de instituições de ensino superior de Minas Gerais, incluindo: Universidade Federal de Viçosa (UFV), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Universidade Federal de Lavras (UFLA), Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL) e Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM).
Em 2024, o Estudo CUME passou por uma expansão, dando origem ao CUME+, marcado pela inclusão de participantes provenientes das Universidades Federais do Espírito Santo (UFES), Rio Grande do Sul (UFRGS) e Paraná (UFPR).
Com mais de 15 mil participantes e um seguimento de oito anos, o estudo nacional analisa como os hábitos de vida e o padrão alimentar brasileiro influenciam a ocorrência de DCNT em pessoas com ensino superior completo, promovendo a saúde e o avanço do conhecimento científico.
Durante a pesquisa, os participantes respondem ao primeiro questionário online (Q_0), que aborda informações como dados demográficos, socioeconômicos, antropométricos, bioquímicos, hábitos de vida, consumo alimentar e histórico de saúde. Subsequentemente, a cada dois anos, são enviados novos questionários de seguimento (Q_2, Q_4, Q_6 e Q_8) para acompanhar as mudanças ao longo do tempo. As respostas, coletadas via Google Forms, são voluntárias e anônimas.
O sucesso do projeto CUME+ depende da participação ativa e solidária dos ex-alunos, que firmam uma parceria comprometida com o avanço da ciência e a promoção da saúde no Brasil.